O dia seguinte à minha primeira vez com meu marido e meus dois ex-namorados foi um dia estranho para mim, não sabia se tudo havia de fato acontecido ou se apenas havia sonhado com tudo aquilo, mas meu corpo cansado e as constantes contrações que sentia na vagina e no ânus traziam-me à mente e à realidade tudo o que tínhamos vivido no dia anterior.
Recordando-me de tudo o que havia ocorrido e a maneira como fui primeiramente abordada e posteriormente convencida a participar de algo inusitado para mim, percebi o quanto eu havia sido inocente na situação, quase como se fosse uma presa fácil a ser devorada por aqueles três “predadores”que viam em cada parte do meu corpo o ideal de satisfação pelo qual haviam esperado tanto tempo. Sentia-me como se fosse a própria “chapeuzinho vermelho”, com a diferença de que na minha casa haviam três lobos vorazes à espreita, a fim de literalmente me “comerem viva”.
Lembro-me da fisionomia deles e também da minha depois que deitamos no chão da sala, extasiados pelo prazer que todos havíamos sentido. O receio, a expectativa e a insegurança em pouco tempo se transformaram na mais maravilhosa experiência de nossas vidas. Ali, naqueles breves instantes, não apenas nos desnudamos e nos possuímos, mas abrimos um leque de opções que poderia satisfazer nossos desejos mais secretos e por mais que perscrutássemos o nosso interior não poderíamos imaginar o que viria e como seriam nossas vidas a partir dali.
Muitos questionamentos permeavam minha mente: Como iríamos nos encarar no dia a dia? Como o Mauricio e o Pedro conseguiriam olhar para a Paulinha e a Melissa? Como eu poderia olhar para a Paulinha, a quem considero minha melhor amiga? Com certeza nenhum de nós saberia dar essas respostas naquele momento.
Até conversarmos no final da tarde eu também não sabia qual seria a reação do Marcelo depois de me ver transando com seus melhores amigos. Talvez no íntimo ficasse se perguntando se havia tomado a decisão certa e se a partir de agora o nosso relacionamento ficaria abalado ou se o amor e a confiança que tínhamos até então continuaria crescendo. Ele nunca comentou comigo em detalhes o que sentira, mas sei que esses pensamentos devem ter povoado a sua mente, assim como ocorrera na minha.
Para eles, talvez tenha sido o sabor de uma conquista há tanto esperada, afinal, por mais que tentassem – Mauricio e Pedro, eu nunca havia dado nenhuma oportunidade para que eles, com exceção do Marcelo após o nosso casamento, me tivessem em seus braços e me possuíssem como desejavam; com certeza o desejo armazenado no íntimo durante um longo período encontrou, naquela tarde de sábado, a oportunidade de extravasar, naquelas poucas, mas maravilhosas horas em que passamos juntos, os sentimentos e desejos mais secretos que carregavam e que haviam ficado escondidos em algum lugar no passado para nunca mais serem revirados.
Para mim, no entanto, ....
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