Fazia alguns dias que o Marcelo, meu marido, havia retornado de viagem. Havia sido uma viagem longa, de aproximadamente um mês.
Embora precisasse ficar mais alguns dias decidiu voltar, pois seria o nosso aniversário de casamento: completaríamos dez anos de casados e essa seria nossa primeira comemoração no Brasil.
Depois de nosso casamento e lua de mel nos mudamos para a Itália e posteriormente para Israel e com isso nunca havíamos comemorado nosso aniversário de casamento com nossos parentes e amigos daqui do Brasil.
No final de semana anterior fizemos uma festa para reunir os parentes e amigos em nossa casa e nos divertimos muito. Todos puderam ver o quanto nosso amor era verdadeiro e que os anos de convivência fizeram com que nos amassemos ainda mais. Era nítida a minha alegria. Minhas amigas diziam que meu semblante demonstrava o quanto eu era feliz, o quanto amava meu marido e que a recíproca também era verdadeira pela maneira com que ele me olhava e com os cuidados que dispensava ao menor gesto que eu dava em sua direção.
Todos foram unanimes em afirmar que eu certamente era uma pessoa feliz e realizada em meu casamento.
Nessa época eu já não participava frequentemente de campanhas publicitárias, havia decidido parar de modelar e fotografar para me dedicar à empresa de eventos que havíamos criado por sugestão dos pais do Marcelo e por estar de alguma forma ligada ao universo em que havíamos trabalhado nos últimos onze anos. Eu era modelo e o Marcelo era fotógrafo da agência. Embora ainda recebesse convites da agência em que havia trabalhado para desfilar fora do país, acabei aceitando apenas alguns convites quando ela estava se apresentando no Brasil, mas deixei claro que desejava me dedicar mais ao meu marido e que o mundo da moda já havia nos dado a estabilidade financeira que precisávamos e que gostaria que ela apenas fizesse parte de minha história pessoal e profissional. Em outras palavras: queríamos virar a página e foi o que fizemos.
Foi nessa atmosfera de paz que retornamos ao Brasil e reencontramos nossos amigos mais queridos. Não foram poucas as vezes em que a Paulinha e a Melissa vieram à minha casa para nos reaproximarmos como antes. Apesar de nos falarmos com frequência por telefone ou pela internet, faltava o contato físico, o toque, o carinho, o calor humano que mostrava o quanto éramos amigas. Sempre nos finais de ano conseguíamos de uma maneira ou de outra dar um jeitinho em nossas agendas para viajarmos ao Brasil e rever os parentes e amigos, mas não era a mesma coisa. Queríamos estar ao lado deles, compartilhar nossas vidas com eles, pois eram e ainda são muito importantes para nós.
Durante nossa estada fora do país convivemos com pessoas de todo tipo. Algumas sinceras, amigas e honestas, outras nem tanto, e não faltaram convites para que participássemos de festinhas onde o sexo grupal era comum, mas eu e meu marido conseguimos nos manter afastados das mesmas. Não por preconceito ou julgamento, mas porque sabíamos o que queríamos e aquelas festas, apesar da amizade que tínhamos com as pessoas que nos convidavam, não tinham nada a ver conosco naquele momento.
Com certeza os convites frequentes e as conversas que mantivemos com os amigos que participavam das festas acabaram ficando em nosso subconsciente e hoje posso entender melhor o que levou meu marido a me oferecer daquela maneira aos meus dois ex-namorados. Conhecendo-me como ninguém, ele sabia que se tivesse feito isso com outras pessoas, certamente não teria dado certo e por essa razão esperou pela oportunidade certa, para o ambiente e clima certos e esse dia, em sua opinião havia chegado.
Na tarde de sexta-feira ele havia retornado de viagem e dito que conseguiria passar a semana inteira comigo, disse que gostaria de dormir mais cedo que de costume a fim de descansar o suficiente para poder jogar futebol com seus amigos no sábado pela manhã. Nos amamos como de costume e dormimos.
No sábado levantei bem cedo e como estava fazendo um calor muito forte, decidi tomar um banho de sol ao lado da piscina. Por volta das 11h00 fui tomar um banho para refrescar e tirar o suor e aquela oleosidade que os protetores solares deixam e fui preparar algo para almoçarmos.
Eram quase 13h00 e o Marcelo ainda não havia retornado. Estranhei o atraso, mas imaginei que por ter ficado tanto tempo fora desejasse colocar o papo em dia com os amigos e relaxei. Mais ou menos 13h30 ele me ligou dizendo que havia passado no Mercado e comprado carne para fazer um churrasco e pediu para que eu preparasse apenas algo leve: arroz, molho à vinagrete e salada, pois não queria comer nada pesado além da carne.
Como ele não disse nada sobre convidados continuei vestida da maneira como estava: um vestidinho leve, sem calcinha e sem sutiã. Adoro ficar assim quando estamos sozinhos em casa. Nem é preciso dizer que o calor do sol e os mergulhos na piscina haviam me deixado bem excitada....
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